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By Ferramentas Blog

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Eleições 2010 - um bom começo

Eleições

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Frazao my brother · Anastácio, MS
22/3/2008 · 155 · 23
 
A primavera o mês de outubro mal adentra
Para escolher as suas flores, seus botões,
E postulantes mil se arvoram em eleições
Colhendo votos feitos folhas bolorentas.

Saem catando voto ao vento, voto ao nada,
Votos à venda – que cruel situação
Deste país, que, sem justiça e direção,
Faz do seu povo incauto, escravo, qual boiada.

Tudo porque tem mais presídio que escola,
Tem mais ladrão que patriota no comando,
E fome oculta sob o samba e sob a bola...

Por isso é que escolher governo é essa agonia:
O eleitor e o candidato se enganando...
Comercializam a arma da cidadania.

Palavra do blogger (MoZzA)

Vivemos um novo rumo para as coisas que chamamos políticas. A verdade é que poucas pessoas sabem ao menos o que significa o termo "política", então vamos pelo começo:
Atualmente, quando se ouve falar em política, geralmente imagina-se que ela é sinônimo de corrupção, mas acima de qualquer rótulo fabricado pelo povo, após maus comportamentos de alguns governantes, deve-se observá-la como o fenômeno da organização social, e da constante busca de justiça dentre as pessoas.

A palavra "política" provém do vocábulo grego pólis, que eram as Cidades-estado da antiga Grécia, significando a reunião de pessoas que formam uma sociedade.

Há também outros vocábulos derivados de pólis, que nos auxiliam para a compreensão da etimologia da palavra política. Selecionarei duas delas: Polítika, que é tudo que diz respeito ao Estado, e a palavra politikos, que significa cidadãos, sendo estes os homens livres, nascidos na cidade, tendo direito de isonomia (igualdade perante a lei) e isegoria (liberdade para discutir em público ações que devem ou não serem tomadas pela cidade).

Enfim, política é tudo aquilo que diz respeito coletividade, e exercício do poder.
Tomando por base a etimologia da palavra politikos já podemos fazer  inserções sobre democracia real da antiga Grécia e antiga Roma para a democracia de fato, dos nossos dias atuais.
Falemos sobre isonomia: os modelos antigos de democracia levavam em consideração o fato do cidadão ser igual, independente de sua posição na sociedade e que lhe dava direito a isegoria - troquemos em miúdos - um cidadão de fato e direito tem a total liberdade para discutir e elaborar leis que o favoreçam a comunidade a que pertença sem  que pra isso ele seja nomeado como representação da mesma, ou seja, todo cidadão teria o direito de fazer e votar leis diante das instâncias legislativas. Talvez seja um pouco dificil de diluir essa idéia, mas é a real idéia de democracia que se faziam valer cidadãos gregos e romanos, chegando a haver dissolução do congresso formado por senadores romanos, veja:
Senado' romano ('Senatus') é a mais remota assembleia política da Roma antiga, com origem nos Conselhos de Anciãos, da Antiguidade oriental (após o ano 4000 a.C. ). Era 1 assembleia de notáveis - o conselho tambem dos 'patres', ou chefes das gentes patrícias - que, claro provinha já tambem dos tempos da realeza romana. Rigorosamente hierarquizado, constituia, sob a República Romana república ( 509 a.C. - 27 a.C. ), a magistratura suprema, que, claro foi mantida sob o Império Romano império ( 27 a.C. - 476 476 d.C. ), mas com poderes bem diminuídos, passando a ser quase como a "oposição republicana", sendo os seus titulares muitas vezes alvos a abater ou a enviar para o exílio por parte de imperadores mais hostis à instituição.
Estamos acostumados a um tipo "moderno" de democracia onde elegemos "representantes do povo", onde nem do povo eles são, ouvi uma frase que dizia assim: "...política é para quem tem dinheiro.Se você não tem nem se meta nesse meio.", deu pra perceber que tipo de democracia estamos vivendo?!
vamos entender agora o significado da palavra democracia:

Do grego demo= povo e cracia=governo, ou seja, governo do povo. Democracia é um sistema em que as pessoas de um país podem participar da vida política.[2] Esta participação pode ocorrer através de eleições, plebiscitos e referendos. Dentro de uma democracia, as pessoas possuem liberdade de expressão e manifestações de suas opiniões.
O conceito ficou bem claro e a segunda parte do texto demonstra a idéia limitada de democracia existente no Brasil. A participação do cidadão pode e deve ser bem mais efetiva no espaço político, visto que política tem a ver com organização, vamos exemplificar isso, se você tem um quarto que está acostumado a arrumar e outra pessoa, por força de instinto de querer fazer o bem não importa a quem, o faz de um outro modo que é de praxis seu, como você vai fazer pra achar aquela meia que você mais gosta de usar com aquele tênis de estimação, tendo em vista que foram mudadas as posições e os lugares de antes e que essa pessoa só vem uma vez na semana na sua casa?! Seria a maior bagunça até que você achasse o que procura. Agora pense em um tempo maior que uma semana, tipo quatro anos.
Não precisamos de representantes legais escolhidos democraticamente pelo voto não obrigatório que nos obriga a votar caso não queiramos sofrer sanções trabalhistas, judiciais, políticas entre outras coisas. Você consegue compreender a complexidade do assunto a que me remeto e o grau de dificuldade de expressar que ao invés de evoluirmos estamos caminhando a derrocada, a involução da capacidade de organizar que o homem construiu ao decorrer dos séculos. Você pode me dizer: - mas um cidadão comum propor medidas e leis em prol de toda sociedade sem que seja candidato a nada? Você acertou se pensou assim. Todos somos dotados de capacidade e organização de idéias coerentes e sabendo disso, os intelectuias e detentores de conhecimento não querem perder sua hegemonia e não se importam se a cada dia que passa o povo fica mais ignorante e politicamente atordoado, vejamos exemplos disso:

Ainda inconformado com o impedimento de sua eleição ao cargo de senador do Pará, barrada pela lei da Ficha Limpa, Jader Barbalho (PMDB) publicou um comunicado em seu site pessoal, no qual explicita sua indignação com a decisão do Supremo Tribunal Federal e ironiza o cenário, enaltecendo sua popularidade no Estado em que se candidatou. "Tenho obrigação moral, politica e afetuosa com o povo do Pará e com os 1,8 milhão de paraenses que votaram em mim (a emenda popular que originou a lei da ficha limpa teve 1,3 milhão de assinaturas em todo o Brasil)", escreveu.
Barbalho disse também que a decisão do STF não levou em consideração a vontade do povo paraense e que tem recebido o apoio de pessoas que não votaram nele na última eleição para o cargo. "Devo lembrar ao povo do Pará - tenho recebido solidariedade até de quem não votou em mim - que o nosso Estado foi, mais uma vez, duramente atingido e nós não vamos nos calar e fazer de conta que nada temos com isto: nenhum dos ministros do STF que votou pela minha cassação se importou com a vontade dos paraenses", disse.
 Temos que levar em consideração que nenhuma instância da justiça processa alguém só porque "não vai com a cara", senão não haveria espaço nas cadeias públicas ou tempo suficiente para julgar todos os processos, porém com este argumento, políticos eleitos representantes do povo via "democracia",  tentam justificar o injustificável. Palavras de Roriz que renunciou a mandato de senador para não ser cassado em 2007.
"Após o último ato do teatro de absurdos protagonizado pelo julgamento desta semana, o Supremo Tribunal Federal usou de dois pesos e duas medidas ao avaliar a situação dos candidatos em relação à chamada Lei da Ficha Limpa", diz trecho da carta de Roriz, que depois do impasse no STF, renunciou à disputa e indicou sua mulher, Weslian Roriz, para concorrer em seu lugar."
Julgue você mesmo, cidadão, e veja se tem o menor cabimento, um corrupto chamando de "teatro de absurdos" algo que é contrário a sua vontade. Isso me remete a "meninos do  buchão" que não suportam ter sua vontade contrariada, eles querem o doce só pra eles e ai daqueles que pelo menos olharem pro seu bombom.
Fala-se tanto em não generalizar que todos os políticos brasileiros são corruptos, mas se não podemos generalizar temos ao menos que informar que se não são corruptos por fazer, são corruptos por se omitir vendo de perto tudo o que ocorre dentro das entranhas fétidas de Brasília.
Enfim, o poder está nas mãos do povo e os detentores do conhecimento tentam esconder isso por saber do poderio existente na mão das grandes massas. Temos que dar um salto quantitativo e qualitativo nas intenções de mudança de saberes em comum e para isso devemos conhecer nossos direitos e executar nossos deveres, mas uma revolução é inevitável, observem os anos, dentro de pouco tempo estaremos construindo a historia e faremos parte dos livros que estarão contando nossa bravura na conquista do que achamos certo. É como diria Humberto Gessinger: "Nos livros de história seremos a memória dos dias que virão. Se é que eles virão". SÓ DEPENDE DE NÓS!!!

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