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By Ferramentas Blog

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Morte e Vida Severina - Auto de Natal - João Cabral de Melo Neto

Deixo aqui a minha dica de leitura para este Natal. Morte e Vida Severina - Auto de Natal fala sobre um retirante que se dirige para o litoral e João Cabral de Melo Neto descreve com a simplicidade de um sertanejo todos os seus anseios e suas preocupações. Na minha modesta opinião é um dos mais belos poemas de um escritor brasileiro, ele consegue te envolver com sua rima e prender sua atenção com a descrição do sofrimento do retirante por nome Severino como muitos outros da sua terra.
Mesmo sem ser nordestino e sem ter a real dimensão do que eles passam, pude sentir a catársis provocada pela leitura de cada linha poética apresentada, ou seja, ele não faz você chorar, mas te faz sentir cada ponto de dor vivido por um sertanejo em busca da redenção no litoral. É simplesmente uma leitura maravilhosa e os aconselho a fazê-la. Vou deixar aqui embaixo um trecho do auto de natal chamado Morte e Vida Severina:

Morte e Vida Severina - João Cabral de Melo Neto
O RETIRANTE EXPLICA AO LEITOR QUEM É E A QUE VAI 
   

— O meu nome é Severino,  
como não tenho outro de pia. 
Como há muitos Severinos, 
que é santo de romaria,  
deram então de me chamar 
Severino de Maria 
como há muitos Severinos 
com mães chamadas Maria, 
fiquei sendo o da Maria 
do finado Zacarias.  
  

Mais isso ainda diz pouco:  
há muitos na freguesia,  
por causa de um coronel  
que se chamou Zacarias  
e que foi o mais antigo  
senhor desta sesmaria.   

Como então dizer quem falo  
ora a Vossas Senhorias?  
Vejamos: é o Severino  
da Maria do Zacarias,  
lá da serra da Costela,  
limites da Paraíba.   

Mas isso ainda diz pouco:  
se ao menos mais cinco havia  
com nome de Severino  
filhos de tantas Marias  
mulheres de outros tantos,  
já finados, Zacarias,  
vivendo na mesma serra  
magra e ossuda em que eu vivia.   

Somos muitos Severinos 
iguais em tudo na vida:  
na mesma cabeça grande  
que a custo é que se equilibra,  
no mesmo ventre crescido  
sobre as mesmas pernas finas  
e iguais também porque o sangue,  
que usamos tem pouca tinta.   

E se somos Severinos  
iguais em tudo na vida,  
morremos de morte igual,  
mesma morte severina:  
que é a morte de que se morre  
de velhice antes dos trinta,  
de emboscada antes dos vinte  
de fome um pouco por dia  
(de fraqueza e de doença  
é que a morte severina  
ataca em qualquer idade,  
e até gente não nascida).   

Somos muitos Severinos  
iguais em tudo e na sina:  
a de abrandar estas pedras  
suando-se muito em cima,  
a de tentar despertar  
terra sempre mais extinta,   

a de querer arrancar  
alguns roçado da cinza.  
Mas, para que me conheçam  
melhor Vossas Senhorias  
e melhor possam seguir  
a história de minha vida,  
passo a ser o Severino  
que em vossa presença emigra.   



VALEU GALERA. ESPERO QUE TENHAM GOSTADO DA DICA DE LEITURA.LEMBREM-SE DELA QUANDO ESTIVEREM SE FARTANDO NA CEIA DE NATAL OU DE ANO!! ABRAÇOS E BEIJOS EM TODOS...ATÉ A PRÓXIMA.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Doce Vagabundo

                                              (imagem retirada do site imagensporfavor.com)

Bom galera que curte ou não meu blog, vim aqui deixar minha homenagem a um dos maiores gênios do século XX, na minha modesta opinião.
Carlitos pode ser considerado um gênio pela sua sensibilidade e competência latentes em tudo o que fez. Para os que já apreciaram pelo menos um de seus filmes puderam perceber que ele não possuía apenas a habilidade de nos fazer rir, mas, ao mesmo tempo nos fazer chorar.
Chaplin era uma mescla de palhaço (clow) e mímico (pantomima), revolucionário e crítico ferrenho, amoroso e gentil, explosivo e destruídor, enfim qualidades intrísecas a um bom artista.
Para quem lida com arte vai concordar com o que vou dizer - um artista quando está feliz ou está triste, fica 10 vezes mais feliz ou mais triste que uma pessoa que não tem contato com a arte, no sentido lato da palavra, então quando você parar para assistir um filme de Chaplin esteja bem atento para as minúscias criadas pelo artista e como ele transparece seu apelo emotivo em cada cena, não deixe escapar um mísero detalhe.
Se você já assistiu sem parar para prestar atenção nesses detalhes lhe peço que assista de novo e veja com olhos voltados para a arte e não somente buscando a risada. Se você ainda não viu nenhum filme, AZAR o seu!
Brincadeiras a parte os aconselho a assistir cada filme de Chaplin atentando para o seu poder de sedução para sua arte, tentando lembrar como as pessoas viviam na época em que Charles esceveu cada roteiro de suas estórias.
Assiti há alguns de seus filmes e não consegui volver por um só segundo meu olho da tela. Ah! vale resaltar que suas produções, em sua maior parte, foram feitas em modo de áudio mudo. Mas em que isso interfere?! Ora, pergunte para alguém que tenta fazer uma piada, por melhor que seja, como executá-la para que se torne engraçada. Eu tento explicar, é necessário entonações vocais ou variações da voz para que o ouvinte perceba o quanto é engraçada a piada, e Chaplin o conseguia fazer sem som algum. E mesmo quando já se podia fazer cinema com captação de áudio, ele preferiu continuar fazendo sem utilizar essa tecnologia na maior parte dos trechos de seus filmes ou o executando sem um pré-entendimento. do que se diz Coisas que só um gênio pode explicar.
Poderia falar muito mais coisas sobre esse gênio que passou pela terra, mas o resto deixo para quem se interessar de fato pela obra do Doce Vagabundo. Aqui em baixo vou deixar uma pequena lista de filmes dele, pelo menos os mais conhecidos:

Filmografia Charles Chaplin

1916
The Vagabond (O Vagabundo)
1921
The Kid (O Garoto)
1928
The Circus (O Circo)
1931
City Lights (Luzes da Cidade)
1936
Modern Times (Tempos Modernos)
1940
The Great Dictador (O Grande Ditador)
1975
Smile (Sorria)

Bom galera aqui me despeço de vocês com essa homenagem póstuma a um grande artista e ser humano. Valeu. Até a próxima!

domingo, 7 de novembro de 2010


O Meu Clichê: O Bom e Velho Rock’N Roll
                É notório o papel ocupado pelo rock na história da música e suas benditas influências que permeiam o cenário musical nos mais diversos seguimentos até os dias atuais. Vamos dar uma leve passada sobre a história do rock, só para servir como introdução. Vamos pelo começo:

HISTORIA DO ROCK (texto: site Club Rock)

Por Simone Paula Marques Tinti
O texto a seguir é parte de um Trabalho de Conclusão de Curso, portanto, possui algumas referências a livros, revistas e outras teses consultadas, de onde foram retiradas algumas citações. Algumas referências encontram-se entre parênteses, outras são indicadas pelo uso de aspas.

“Rock’n’roll é tão fabuloso, as pessoas deviam começar a morrer por ele. (...) As pessoas simplesmente devem morrer pela música. As pessoas estão morrendo por tudo o mais, então por que não pela música? Morrer por ela. Não é bárbaro? Você não morreria por algo bárbaro? Talvez eu deva morrer. Além do mais, todos os grandes cantores de blues morreram. Mas a vida está ficando melhor agora. Não quero morrer. Quero?” - Lou Reed (ex-Velvet Underground)

ROCK’N’ROLL – COMO TUDO COMEÇOU
Como não poderia deixar de ser, a história do rock começa com um grito: o grito do negro, que veio para a América como escravo e influenciou a sociedade norte-americana com a sua musicalidade. Em fins de 1950, nos Estados Unidos, a chamada “geração silenciosa”, marcada pelo fim da Segunda Guerra Mundial, viu-se frente a um ritmo até então desconhecido, derivado da sonoridade de um povo marginalizado.

O primeiro grito negro cortou os céus americanos como uma espécie de sonar, talvez a única maneira de fazer o reconhecimento do ambiente novo e hostil que o cercava. À medida que o escravo afundava na cultura local - representada, no plano musical, pela tradição européia – o grito ia se alterando, assumia novas formas. (MUGGIATI, 1973, p. 8)

Antes de definir o rock, é preciso considerar o nascimento do blues - resultado da fusão entre a música negra e a européia. Este ritmo se encontra nas raízes musicais dos primeiros artistas de rock e sua denominação decorre da palavra “blue”, que em língua inglesa também significa “triste”, “melancólico”. Assim, essa nova música “doce-amarga” se transformou na principal base para a revolução sonora da década de 50.

No entanto, é preciso enfatizar que, além do grito negro e das notas melancólicas do blues, a dança e, principalmente o som das guitarras elétricas, foram fatores essenciais para a caracterização do rock. Neste ponto é que se encontra uma variação do blues: o rhythm and blues.
O ‘rhythm and blues’ é a vertente negra do Rock. É ali que vamos buscar, quase que exclusivamente (e só digo quase por espírito científico), as origens corpóreas do Rock. Reprimidos pela sociedade ‘wasp (white, anglo-saxon and protestant)’, a mão-de-obra negra, desde os tempos da escravidão, se refugiava na música (os blues) e na dança para dar vazão, pelo corpo, ao protesto que as vias convencionais não permitiam. (CHACON, 1985, p. 24)
Caracterizado como uma versão mais agressiva do blues, o rhythm and blues se formou a partir da necessidade dos cantores em se fazer ouvir nos bares em que tocavam, já que os sons dos instrumentos elétricos exigiam um canto mais gritado (MUGGIATI, 1973). Ainda assim, para a consolidação da primeira forma do rock - o rock’n’roll - houve também a fusão com a música branca, a chamada country and western (música rural dos EUA). Chacon (1985) compara esse gênero ao blues, na medida em que representava o sofrimento dos pequenos camponeses, o lamento.

Os principais atingidos pela revolução sonora do rock’n’roll foram os jovens, inicialmente nos Estados Unidos e depois no mundo todo. Nos primeiros anos da década de 1950, estes jovens se encontravam em meio a disputas entre o capitalismo e o comunismo (a guerra da Coréia em 1950) e a uma valorização do consumismo, da modernização, fruto do progresso científico gerado no pós-guerra.

Nessa época, a tradicional sociedade norte-americana passou a ser contestada pelos jovens, os quais foram rotulados de rebeldes sem causa. Os filmes de Hollywood representavam a alienação jovem; o personagem de James Dean, no filme Juventude Transviada (1955), representava o comportamento adotado pela juventude: recusar o mundo sem, no entanto chegar a uma visão crítica da realidade, divididos entre amor/pacifismo e violência/autodestruição. (MUGGIATI, 1973)

O rock é muito mais do que um tipo de música: ele se tornou uma maneira de ser, uma ótica da realidade, uma forma de comportamento. O rock ´é´ e ´se define´ pelo seu público. Que, por não ser uniforme, por variar individual e coletivamente, exige do rock a mesma polimorfia (...) Mais polimorfo ainda porque seu mercado básico, o jovem, é dominado pelo sentimento da busca que dificulta o alcance ao porto da definição ( e da estagnação...) (CHACON, 1985, p. 18-19).

Palavra do Blogger MoZzA

Música:

É uma palavra que tem origem no idioma grego: mousiké significa arte das musas.

Vou me deter apenas a três elementos básicos da música que são: melodia, harmonia e ritmo. Vamos dissecar um pouco mais isso.

MELODIA- para algumas pessoas é o componente mais importante na música. A definição de melodia é muito relativa, mas podemos definir como uma combinação de notas de diferentes sons, sem uma sequência pré-definida;

HARMONIA- é quando duas ou mais notas, de diferentes sons, são ouvidas ao mesmo tempo, produzindo o que chamamos de acorde;

RITMO- é quando combinamos a duração das figuras musicais.

Com o conhecimento desses três simples elementos já podemos debater sobre música. Daí você diz: - ah! Eu preciso saber disso pra discutir sobre música? Claro amigo! Respondo. Como você quer ser respaldado sobre o que você fala se você não sabe sobre o que está falando. Talvez tenhas ouvido por aí: “estou fazendo uma crítica construtiva”, escute aqui amigo, o conhecimento se dá pela perda do equilíbrio para posterior recuperação do mesmo, então excomungue do seu dicionário a expressão “crítica construtiva”, ela não existe. Calma! vou te explicar o “por quê”.

Para quem está cursando o terceiro grau já teve ou irá ter a disciplina chamada Metodologia Científica que consiste no estudo do método de construção de um trabalho, tese, apresentações científicas entre outros, da sua concepção até o momento da entrega ao instrutor científico, vulgo professor. Se ele for um bom profissional irá lhe dizer sobre como se fazer a crítica científica – isso mesmo -, a crítica é uma ciência e, como toda a ciência, precisa ser embasada em argumentos consistentes e não em “achismos”, salvaguardado o empirismo que também é de cunho científico. Tenho certeza que você vai lembrar esse artigo quando tiver uma aula de metodologia científica.

Então vamos recuperar o equilíbrio – isso é muito importante -.

Agora vamos falar sobre o vovô chamado de rock’n roll aquele “vô-zinho” querido que todos gostam de estar perto. É essa a exata visão metafórica que tenho desse estilo musical que surgiu antes de meus pais nascerem e que até hoje continua nos ensinando como fazer as coisas.

É fácil de entender. Veja por essa ótica - o rock como um divisor de águas-, algo que realmente aconteceu, visto que, antes de sua aparição, nos Estados Unidos, a música tinha uma força estranha que a subdividia. Exemplificando: brancos ouviam música country e negros jazz e blues.

Quando o rock surgiu ainda era uma música marginalizada, mas alcançou aos jovens brancos e negros, amarelos e pardos, enfim, foi uma verdadeira febre. E com a junção dos três ritmos acima citados mais o gospel americano (músicas cantadas pelos negros escravos e libertos para indicar o caminho para a liberdade), exemplo da música “Way in the water”.

Cresci na casa da minha avó com meus pais e meus tios e toda manhã meus tios levantavam e iam fazer café com a rádio ligada numa freqüência que só tocava rocks famosos na época como The Smiths, The Cure, U2 entre outros. Mas porque estou tocando nesse ponto? É o seguinte. Ando meio preocupado com os rumos que a música e, principalmente, o rock estão tomando. Preocupo-me com as influências musicais que meu filho vai ter, visto que, quando tiver um vai ser músico também.

Estamos assistindo a um festival de aberrações musicais no Brasil e no mundo, você há de convir comigo, por menor que seja sua capacidade musical, que os estilos musicais que se apresentam andam mais do que comerciais. Como assim?! Eu explico. Quem já ouviu falar de Beatles?! Pois é, eles eram uma banda comercial, mas isso logo no início, assunto que é para um artigo bem maior que esse, enfim, a intenção primária dos Beatles era vender e ganhar dinheiro. O que eu estou querendo explanar para vocês?! Uma banda que surgiu com o intuito de ganhar dinheiro apenas e se torna influencia até hoje para outras bandas dentro do rock ou não e em outros seguimentos artísticos pode servir de base para afirmarmos o que vou dizer no próximo parágrafo.

Para quem não conhece a história dos Beatles, nem de maneira superficial como eu, eles eram rock’n roll puro, respiravam música, compunham dia e noite sem parar, e como você deve ter lido mais acima, o rock era o estilo de vida deles, ou seja, não estavam forjando caráter nem se fazendo de uma coisa que não eram. E o que mais temos visto nas televisões, rádios, jornais, internet entre outros, são pessoas se disfarçando de algo, dizendo que possuem influências das mais diversas e não sabem nem sobre o que estão falando e ainda pensam que tem o direito de estar acima do bem e do mal, vê se tem cabimento?! Perdoem-me a parcialidade no que falei, mas estou farto de tudo que estou vendo por aí.

 Bom, voltando ao equilíbrio novamente. Nasci em 1982, vivi uma parte das influencias da década de 80 inicio de 90 e, naquele tempo ainda tinha orgulho da música comercial brasileira - como subdividimos - música secular e música gospel, quem preferir subdividir assim. Pra mim música é uma só, ou seja, música é arte e não importa por quem seja feita, mas é um assunto pra outro artigo também. E se você não concorda comigo, tudo bem também, mas você vai ter que me provar A para B que música não é arte ou você acha que DEUS não criou a arte também?!

 Perdi o equilíbrio novamente pelo simples fato de haver pessoas que não tratam a música como arte e com isso provocam esses “Franksteins” que assistimos que não cito o nome para não promovê-los gratuitamente, na verdade nem se me pagassem divulgaria, mas vocês, bons entendedores, sabem perfeitamente do que e de que estou falando. Estou tentando falar para vocês que, se entram na arte de pára-quedas e cheio de preconceitos, nunca irão evoluir. Temos que entender que a arte é muito maior que nós e se você tem um pensamento do tipo “não faço sociologia porque ela é fundamentada por ateus” você nunca vai chegar a lugar nenhum, artisticamente falando.

Essa escória musical que anda por aí como um zumbi não passa de uma moda das mais ridículas já visualizadas pelo ser humano, trocando em miúdos, você não pode dizer que seu estilo musical é rock se você faz pagode, a única diferença do pagode é a distorção da guitarra e a falsa atitude rock’n roll.

Acho que deixei bem claro meu manifesto, tinha muitas outras coisas pra falar sobre música e principalmente rock’n roll, mesmo porque minha vida é rock’n roll em todos os sentidos, apenas não uso drogas e tento me abster de coisas que possam prejudicar minha relação com o criador do rock chamado DEUS, no mais rock’n roll total. Se não estou tocando, estou ouvindo música, sem preconceitos ou religiosidades dispensáveis e fúteis quando estamos lidando com a arte pura, se você não conhece arte pura não venha me contestar porque você vai levar as respostas necessárias, e sou totalmente embasado pra falar com você, pois sou formado em letras e tive contato com parte da arte e principalmente com a arte poética, por isso pense duas vezes antes de discutir arte comigo. Esse foi só um aviso para os religiosos de plantão ou pessoas sem embasamento artístico.

Enfim, espero ter-me feito entendido por vocês e também espero que este artigo tenha servido pelo menos um por cento pra que vocês se tornem apreciadores da boa arte musical, que vocês julguem a música não apenas pela letra, mas pela obra completa, por isso vos deixei três preceitos básicos que compõem a música, mas prestem atenção, foi só um primeiro passo, o resto depende da sua busca pelo conhecimento artístico musical.

Para me despedir desse artigo deixo-vos a tradução da música “music and me” dos Jackson Five.

Música e Eu
Nós estivemos juntos por tanto tempo agora
Música, música e eu
Não se importe se todas as nossas canções rimam
Agora a música, a música e eu

Só sei onde quer que eu vá
Estamos tão perto quanto dois amigos podem ser
Houve outros
Mas nunca dois amantes
Como a música, a música e eu

Pegue uma canção e venha
Você pode cantar sua melodia
Em sua mente, você vai encontrar
Um mundo de doce harmonia

Passaros voarão juntos como uma pluma
Agora música, música e eu
Música e eu.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Eleições 2010 - um bom começo

Eleições

1
Frazao my brother · Anastácio, MS
22/3/2008 · 155 · 23
 
A primavera o mês de outubro mal adentra
Para escolher as suas flores, seus botões,
E postulantes mil se arvoram em eleições
Colhendo votos feitos folhas bolorentas.

Saem catando voto ao vento, voto ao nada,
Votos à venda – que cruel situação
Deste país, que, sem justiça e direção,
Faz do seu povo incauto, escravo, qual boiada.

Tudo porque tem mais presídio que escola,
Tem mais ladrão que patriota no comando,
E fome oculta sob o samba e sob a bola...

Por isso é que escolher governo é essa agonia:
O eleitor e o candidato se enganando...
Comercializam a arma da cidadania.

Palavra do blogger (MoZzA)

Vivemos um novo rumo para as coisas que chamamos políticas. A verdade é que poucas pessoas sabem ao menos o que significa o termo "política", então vamos pelo começo:
Atualmente, quando se ouve falar em política, geralmente imagina-se que ela é sinônimo de corrupção, mas acima de qualquer rótulo fabricado pelo povo, após maus comportamentos de alguns governantes, deve-se observá-la como o fenômeno da organização social, e da constante busca de justiça dentre as pessoas.

A palavra "política" provém do vocábulo grego pólis, que eram as Cidades-estado da antiga Grécia, significando a reunião de pessoas que formam uma sociedade.

Há também outros vocábulos derivados de pólis, que nos auxiliam para a compreensão da etimologia da palavra política. Selecionarei duas delas: Polítika, que é tudo que diz respeito ao Estado, e a palavra politikos, que significa cidadãos, sendo estes os homens livres, nascidos na cidade, tendo direito de isonomia (igualdade perante a lei) e isegoria (liberdade para discutir em público ações que devem ou não serem tomadas pela cidade).

Enfim, política é tudo aquilo que diz respeito coletividade, e exercício do poder.
Tomando por base a etimologia da palavra politikos já podemos fazer  inserções sobre democracia real da antiga Grécia e antiga Roma para a democracia de fato, dos nossos dias atuais.
Falemos sobre isonomia: os modelos antigos de democracia levavam em consideração o fato do cidadão ser igual, independente de sua posição na sociedade e que lhe dava direito a isegoria - troquemos em miúdos - um cidadão de fato e direito tem a total liberdade para discutir e elaborar leis que o favoreçam a comunidade a que pertença sem  que pra isso ele seja nomeado como representação da mesma, ou seja, todo cidadão teria o direito de fazer e votar leis diante das instâncias legislativas. Talvez seja um pouco dificil de diluir essa idéia, mas é a real idéia de democracia que se faziam valer cidadãos gregos e romanos, chegando a haver dissolução do congresso formado por senadores romanos, veja:
Senado' romano ('Senatus') é a mais remota assembleia política da Roma antiga, com origem nos Conselhos de Anciãos, da Antiguidade oriental (após o ano 4000 a.C. ). Era 1 assembleia de notáveis - o conselho tambem dos 'patres', ou chefes das gentes patrícias - que, claro provinha já tambem dos tempos da realeza romana. Rigorosamente hierarquizado, constituia, sob a República Romana república ( 509 a.C. - 27 a.C. ), a magistratura suprema, que, claro foi mantida sob o Império Romano império ( 27 a.C. - 476 476 d.C. ), mas com poderes bem diminuídos, passando a ser quase como a "oposição republicana", sendo os seus titulares muitas vezes alvos a abater ou a enviar para o exílio por parte de imperadores mais hostis à instituição.
Estamos acostumados a um tipo "moderno" de democracia onde elegemos "representantes do povo", onde nem do povo eles são, ouvi uma frase que dizia assim: "...política é para quem tem dinheiro.Se você não tem nem se meta nesse meio.", deu pra perceber que tipo de democracia estamos vivendo?!
vamos entender agora o significado da palavra democracia:

Do grego demo= povo e cracia=governo, ou seja, governo do povo. Democracia é um sistema em que as pessoas de um país podem participar da vida política.[2] Esta participação pode ocorrer através de eleições, plebiscitos e referendos. Dentro de uma democracia, as pessoas possuem liberdade de expressão e manifestações de suas opiniões.
O conceito ficou bem claro e a segunda parte do texto demonstra a idéia limitada de democracia existente no Brasil. A participação do cidadão pode e deve ser bem mais efetiva no espaço político, visto que política tem a ver com organização, vamos exemplificar isso, se você tem um quarto que está acostumado a arrumar e outra pessoa, por força de instinto de querer fazer o bem não importa a quem, o faz de um outro modo que é de praxis seu, como você vai fazer pra achar aquela meia que você mais gosta de usar com aquele tênis de estimação, tendo em vista que foram mudadas as posições e os lugares de antes e que essa pessoa só vem uma vez na semana na sua casa?! Seria a maior bagunça até que você achasse o que procura. Agora pense em um tempo maior que uma semana, tipo quatro anos.
Não precisamos de representantes legais escolhidos democraticamente pelo voto não obrigatório que nos obriga a votar caso não queiramos sofrer sanções trabalhistas, judiciais, políticas entre outras coisas. Você consegue compreender a complexidade do assunto a que me remeto e o grau de dificuldade de expressar que ao invés de evoluirmos estamos caminhando a derrocada, a involução da capacidade de organizar que o homem construiu ao decorrer dos séculos. Você pode me dizer: - mas um cidadão comum propor medidas e leis em prol de toda sociedade sem que seja candidato a nada? Você acertou se pensou assim. Todos somos dotados de capacidade e organização de idéias coerentes e sabendo disso, os intelectuias e detentores de conhecimento não querem perder sua hegemonia e não se importam se a cada dia que passa o povo fica mais ignorante e politicamente atordoado, vejamos exemplos disso:

Ainda inconformado com o impedimento de sua eleição ao cargo de senador do Pará, barrada pela lei da Ficha Limpa, Jader Barbalho (PMDB) publicou um comunicado em seu site pessoal, no qual explicita sua indignação com a decisão do Supremo Tribunal Federal e ironiza o cenário, enaltecendo sua popularidade no Estado em que se candidatou. "Tenho obrigação moral, politica e afetuosa com o povo do Pará e com os 1,8 milhão de paraenses que votaram em mim (a emenda popular que originou a lei da ficha limpa teve 1,3 milhão de assinaturas em todo o Brasil)", escreveu.
Barbalho disse também que a decisão do STF não levou em consideração a vontade do povo paraense e que tem recebido o apoio de pessoas que não votaram nele na última eleição para o cargo. "Devo lembrar ao povo do Pará - tenho recebido solidariedade até de quem não votou em mim - que o nosso Estado foi, mais uma vez, duramente atingido e nós não vamos nos calar e fazer de conta que nada temos com isto: nenhum dos ministros do STF que votou pela minha cassação se importou com a vontade dos paraenses", disse.
 Temos que levar em consideração que nenhuma instância da justiça processa alguém só porque "não vai com a cara", senão não haveria espaço nas cadeias públicas ou tempo suficiente para julgar todos os processos, porém com este argumento, políticos eleitos representantes do povo via "democracia",  tentam justificar o injustificável. Palavras de Roriz que renunciou a mandato de senador para não ser cassado em 2007.
"Após o último ato do teatro de absurdos protagonizado pelo julgamento desta semana, o Supremo Tribunal Federal usou de dois pesos e duas medidas ao avaliar a situação dos candidatos em relação à chamada Lei da Ficha Limpa", diz trecho da carta de Roriz, que depois do impasse no STF, renunciou à disputa e indicou sua mulher, Weslian Roriz, para concorrer em seu lugar."
Julgue você mesmo, cidadão, e veja se tem o menor cabimento, um corrupto chamando de "teatro de absurdos" algo que é contrário a sua vontade. Isso me remete a "meninos do  buchão" que não suportam ter sua vontade contrariada, eles querem o doce só pra eles e ai daqueles que pelo menos olharem pro seu bombom.
Fala-se tanto em não generalizar que todos os políticos brasileiros são corruptos, mas se não podemos generalizar temos ao menos que informar que se não são corruptos por fazer, são corruptos por se omitir vendo de perto tudo o que ocorre dentro das entranhas fétidas de Brasília.
Enfim, o poder está nas mãos do povo e os detentores do conhecimento tentam esconder isso por saber do poderio existente na mão das grandes massas. Temos que dar um salto quantitativo e qualitativo nas intenções de mudança de saberes em comum e para isso devemos conhecer nossos direitos e executar nossos deveres, mas uma revolução é inevitável, observem os anos, dentro de pouco tempo estaremos construindo a historia e faremos parte dos livros que estarão contando nossa bravura na conquista do que achamos certo. É como diria Humberto Gessinger: "Nos livros de história seremos a memória dos dias que virão. Se é que eles virão". SÓ DEPENDE DE NÓS!!!